c. 960-1029, atribuída a Fulbert de Chartres. Texto em latim aqui. Tradução de Bruno Gripp:
Que a áurea lira ressoe claras melodias. Que tenha a simples corda uma voz ampla, e que a corda média ressoe seu primeiro som no modo hipodórico.
Ó Rouxinol, que louvemos com voz instrumental, decantando uma melodia dolce, como ensina a música, sem cuja arte de nada valem os cânticos.
Quando na primavera as sementes saem do solo e cobrem-se por todo lado de ramos frondosos, os pastos e exalam um odor suave pela relva florida.
Alegra-se o rouxinol, confiante na doçura da sua voz, e ao abrir as pregas da sua garganta, cantando, emite sons que são indício do tempo estival.
E permanece o canto dia e noite, sob a voz de som adocicado, oferecendo o conforto aos cansados ao afastar o viajante do trabalho, sendo-lhe um belo consolo.
A beleza da sua voz, mais brilhante do que a cítara, vence cantilando todas as hordas de pássaros, enchendo com seus sons as florestas e todos os arbustos.
Voando, passa os picos das altas árvores, tornada vaidosa no verão pela alegria, procura cantar os cantos festivos para as crianças.
Feliz é a época em que uma tal concórdia acontece! Quem dera que desse por doze meses corridos seus órgãos o doce rouxinol !
Ó avezinha pequena, nunca pare de cantar! A música do monocórdio convém à tua melodia, que reforça teus louvores com uma voz diatônica.
Teus sons, não pode imitar a lira e nem sabe copiá-los a flauta de som brilhante, pois produzes uma quantidade imensa de sons melódicos.
Não quero, não quero que pares para descansar, mas que mas dês sons alegres com sua língua por cuja honra serás lembrado nos palácios dos reis.
Dá lugar o passarinheiro cantando nas sombras frondosas, dá lugar o cisne e sua melodia suave e dá lugar tímpano e a sonora flauta.
Ainda que você seja vista como pequena de corpo, ainda assim todos te escutam, e ninguém te ajuda a não sei o rei celeste que tudo governa.
Já lhe demos suficientes e famosas honras, por ser alegre na voz e rítmico nas palavras, honras que se encontram no estudo e no prazer
Já é hora para que nossa voz harmoniosa pare, para que não canse a língua a monotonia dos cantos e faça os ouvidos preguiçosos para o som da lira.
Que o Deus trino em pessoas, único na essência, nos conservem e governe pela sua clemência e nos conceda reinar sobre nós em sua glória. Amém.
Ó Rouxinol, que louvemos com voz instrumental, decantando uma melodia dolce, como ensina a música, sem cuja arte de nada valem os cânticos.
Quando na primavera as sementes saem do solo e cobrem-se por todo lado de ramos frondosos, os pastos e exalam um odor suave pela relva florida.
Alegra-se o rouxinol, confiante na doçura da sua voz, e ao abrir as pregas da sua garganta, cantando, emite sons que são indício do tempo estival.
E permanece o canto dia e noite, sob a voz de som adocicado, oferecendo o conforto aos cansados ao afastar o viajante do trabalho, sendo-lhe um belo consolo.
A beleza da sua voz, mais brilhante do que a cítara, vence cantilando todas as hordas de pássaros, enchendo com seus sons as florestas e todos os arbustos.
Voando, passa os picos das altas árvores, tornada vaidosa no verão pela alegria, procura cantar os cantos festivos para as crianças.
Feliz é a época em que uma tal concórdia acontece! Quem dera que desse por doze meses corridos seus órgãos o doce rouxinol !
Ó avezinha pequena, nunca pare de cantar! A música do monocórdio convém à tua melodia, que reforça teus louvores com uma voz diatônica.
Teus sons, não pode imitar a lira e nem sabe copiá-los a flauta de som brilhante, pois produzes uma quantidade imensa de sons melódicos.
Não quero, não quero que pares para descansar, mas que mas dês sons alegres com sua língua por cuja honra serás lembrado nos palácios dos reis.
Dá lugar o passarinheiro cantando nas sombras frondosas, dá lugar o cisne e sua melodia suave e dá lugar tímpano e a sonora flauta.
Ainda que você seja vista como pequena de corpo, ainda assim todos te escutam, e ninguém te ajuda a não sei o rei celeste que tudo governa.
Já lhe demos suficientes e famosas honras, por ser alegre na voz e rítmico nas palavras, honras que se encontram no estudo e no prazer
Já é hora para que nossa voz harmoniosa pare, para que não canse a língua a monotonia dos cantos e faça os ouvidos preguiçosos para o som da lira.
Que o Deus trino em pessoas, único na essência, nos conservem e governe pela sua clemência e nos conceda reinar sobre nós em sua glória. Amém.
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