Apreciação Musical: Elementos básicos da música + Breve panorama da História da Música Ocidental

Iluminura da Cantiga 170 das Cantigas de Santa Maria,
de Afonso X, O Sábio (séc. XIII)

Caros,

Dentro de cerca de três semanas, no dia 26 de julho, iniciarei um curso online de Apreciação Musical, com foco num panorama geral da música ocidental -(a chamada música erudita, clássica, de concerto, entre tantos outros nomes).

O curso, dividido em cinco aulas de 1h-1h30 de duração, abordará inicialmente a percepção de elementos básicos da música, com o objetivo de incentivar uma escuta mais ativa e consciente. Passa-se, em seguida, à porção histórica, que abordará pontos-chave da música da antigüidade até o século XX.

A idéia, naturalmente, não é proporcionar um alto nível de aprofundamento nos períodos e estilos estudados, uma vez que tal empreitada requereria muito mais tempo. Procurarei, assim, criar condições para que os alunos possam expandir seu repertório e criar uma linha do tempo mental básica, que possa auxiliá-los em futuras descobertas e pesquisas musicais. A temática principal será, ainda, entremeada de discussões sobre idéias-chave a ela relacionadas (como "cânon", "obra" e o próprio conceito de "música erudita").

Não é necessário nenhum conhecimento musical prévio para fazer o curso.

Valor total: 100,00 (podendo ser parcelado em duas vezes de R$50).

Para se inscrever, basta enviar um e-mail para fevirigaray@gmail.com, indicando nome completo, idade e e-mail de contato - após o qual o interessado receberá dados para depósito, uma ementa e bibliografia detalhadas e outras informações.

Quaisquer dúvidas podem ser encaminhadas para o mesmo e-mail.

Um pouco sobre mim: Fernanda Vaz, 26 anos, é natural de São Paulo e reside em Brasília desde 2012. Iniciou graduação em música na Universidade Estadual Paulista, dando continuidade na Universidade de Brasília. É cantora lírica atuante tanto como coralista (tendo participado de grupos como o Coro Jovem do Estado de São Paulo) quanto como solista, destacando-se em seu repertório peças de compositores como François Coupérin, Claudio Monteverdi, Antonio Vivaldi, G.P. Telemann, entre outros. Trabalha também como professora de música, enfocando especialmente as áreas de História da Música e Apreciação Musical - dentro das quais ministrou cursos no Da Capo - Cursinho de Música da UNESP e junto à Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, durante várias edições do programa OSESP Itinerante.

Aguardo-vos!

Ridemo tutti!

Adrian Willaert, Vecchie Letrose:

Vecchie letrose, non valete niente
Se non a far l'aguaito per la chiazza.
Tira, tira, tir'alla mazza,
Vecchie letrose, scannaros'e pazze!

Sempre mi ride sta:

Sempre mi ride 'sta donna dabbene
quando passeggio per mezzo la via.
La riderella,
La pazzerella,
non vi ca ride, non vi ca ride.
Ha, ha, ha...
Ridemo tutti, per darle piacere.

Common ground

O common ground (e eu espero que pelo menos alguém entenda a duplicidade de sentido dessa expressão, falando-se de música) entre todas essas peças e muitas outras mais é a linha de baixo - o Basso di Ciaconnia, que é construído seguindo a progressão harmônica I - V - VI - IV - V - I e, como se pode perceber, largamente utilizado no início do século XVII, especialmente nos 1630's - época, por exemplo, de Zefiro Torna e Quel Sguardo sdegnosetto, de Monteverdi.

A partir de 1:38:





Essas indicadas pelo Edgard:



Em 0:40:

Je perdu l'appetit

Ária da Medusa (ou Meduso, no caso) de Persée, de Lully.

Sweet bird

Ouvi na última quarta-feira essa ária com o Musica Angelica e Suzie LeBlanc na Sala São Paulo e fiquei encantada logo de cara. Aqui, com a não menos querida Emma Kirkby:

Sweet bird, that shun’st the noise of folly,
Most musical, most melancholy!
Thee, chauntress, oft the woods among,
I woo to hear thy even-song.
Or, missing thee, I walk unseen,
On the dry smooth-shaven green,
To behold the wand’ring moon
Riding near her highest noon.

Salmo 128

Do compositor Huguenote (!) Claude Goudimel.

Ich folge dir gleichfalls

O andamento é um tanto mais rápido do que estou acostumada, mas vale por ter achado finalmente uma mulher que me agrade cantando essa ária. Ruth Holton, com John Elliot Gardiner e os English Baroque Soloists.